O mercado de provedoras regionais de Telecom (ISPs), certamente não foi o segmento que mais sofreu com a pandemia, mas sim, a depender do modelo de negócio do ISP foi impactado, pois embora o setor de atacado (clientes residenciais) tenha crescido rapidamente em decorrência da necessidade do home office, em contrapartida o corporativo sofreu grande retração.
Nesse momento a diversificação dos serviços é uma aliada na estratégia para a manutenção de receitas e crescimento do provedor.
E como o mundo nunca foi tão digital, a utilização do cross-selling abre muitas oportunidades para a oferta de novos produtos resultando em geração de receita adicional e também como forma de ter uma tributação mais benéfica, tendo um mix de produtos que não tenham uma carga fiscal tão elevada como o serviço de telecom.
Alguns ISP´s firmaram parcerias para a prestação de serviços com companhias como IBM, AMAZON, FORTINET, dentre outras, a fim de buscar atender grandes empresas do setor público e financeiro, com ofertas de novos produtos.
Há diversas possibilidade de serviços que podem ser ofertados, tudo vai depender da estratégia pretendida por cada ISP, todavia, gostaria de destacar o mercado de Games.
Um estudo do Comscore Inc apresenta dados interessantes sobre o mercado de games no digital – Brasil:
- 84 milhões de jogadores (gamers) no Brasil;
- 64 milhões exclusivamente em mobile (72.7 milhões mobile)
- Usuários mobile ficam 8% a mais de tempo do que a média da população digital no Brasil
- Games está em Top 5 em média de horas por usuário com 9,5 horas por mês
- Gamers: 49 % mulheres, 51% homens: 46% classe AB, 43% C e 11% D
- Maior média de minutos: Público feminino 45+
Muitas marcas já entenderam o poder do público de jogos e aproveitam os games para publicidade, entretanto, há um mundo de oportunidades que ainda podem ser exploradas.
O ISP já fornece o insumo essencial para o gamer, que é o acesso a internet, por que não firmar parcerias com desenvolvedores de games, ou definir outras estratégias de produtos?